sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Meu Protetor




26/ 01/ 2006

Há muitos séculos te disseram irmã querida: Segue-me e tu o seguiu. Jogaste todas as capas fora, uma a uma sem olhares para trás. Jogaste a capa da vaidade, da prepotência do orgulho e outras tantas mais; e até entregaste a tua vida em troca da vida de muitos que foram colocados sob a tua guarda e, se assim aconteceu foi porque o Pai determinou através das suas leis e, agora, após tantas lutas efetuadas aí estás outra vez para propagar o que nas tuas mãos vem sendo colocado; e não haverá contraditor capaz de derrubar o que foi e continuará sendo passado, pois como dissemos, tudo está escrito nas estrelas.
Não importará que tu e outros tantos temam ou neguem os acontecimentos, uns temerão porque  ainda não conheceram  a Deus verdadeiramente e outros como tu por medo de serem jogados as feras  mas, quanto a ti, as feras não te atingirão da forma que pensas pois proteção existe e existirá sempre, pois se assim não fosse não teria sido colocado todo este acervo de luz nestas tuas benditas mãos.
Sabes perfeitamente que quando alguém fala perto de ti algo contrario as verdades eternas, logo sentes que ali está alguém que prega, mas não exercita, que longe está de praticar os ensinamentos contidos nesta Bendita Doutrina; e calas por temer e para parecer agradável aos que te cercam, no entanto, nem sempre é possível ser agradável a todos e aos que nos ouvem, por isto nesses instantes sentes o peso da responsabilidade. Mas existe um exemplo dado pelo nosso Chico quando a ele perguntaram porque só passava mensagens dos que estiveram recentemente na terra e porque não transmitia mensagens oriundas dos grandes filósofos?
E ele respondeu que talvez os filósofos fossem médiuns e, desta forma foi incompreendido, tentando até contornar a situação sem conseguir, porque assim era para ser; e os que receberam aquela resposta mereceram e, adiante, tornaram-se, em vez de perseguidores ou questionadores, em propagadores desta bendita Doutrina Espírita.
Assim irmã querida, impossível é fazer muitas vezes o que se deseja, e sim, o que o Pai autoriza; e a isto chamamos Planejamento, e não, desrespeito ao livre –arbítrio dos nossos irmãos, muito pelo contrário, é amor sendo exercitado por todos aqueles que o Pai designa para o exercício e distribuição do Seu amor e do amor do Mestre Jesus, a luz do mundo, o Amor dos Teus Amores, o Homem Deus, como te referias quando na carne em outra oportunidade reencarnatória.
Que a paz do Senhor seja com todos vós irmãos amados!
Eis aí a serva do Senhor para cumprir o que a ela foi determinado e, em assim sendo, tudo está sendo colocado em prática passo a passo, pois o universo não foi criado em seis dias como muitos apregoam; milênios e milênios se passaram para que isto acontecesse. Portanto, aguardem, pois um iota do que passamos não deixará de acontecer. E,como foi dito  a época de Kardec assim também será agora.
O Codificador, o Propagador como desejem chamar, foi enviado para aquele fim e a tudo realizou sem que preciso fosse ser um morador das igrejas ou dos templos; peregrinou muitas vezes de casa em casa em busca de instrumentos capacitados para que o fim fosse alcançado e nesses instantes muitas vezes nem elevava o pensamento ao Pai, por ser ele a própria prece dentro do seu proceder. Isto é para que saibam não ser necessário a prece quilométrica para que seja alcançado um fim.
Quanto às luzes que se fazem presentes, nada tens a temer por ser tudo oriundo do “Belo”, do Criador de tudo e de todas as coisas.
Saibas que só não estás, e sim, assistida por aquele que te enviou. E não adiantará ir de encontro ao Criador por veres as misérias humanas, pois essas misérias foram criações dos próprios homens. Se existem, é por serem necessárias ainda àqueles que habitam este orbe terreno.
Se choras ao ver o desabrochar de uma for e te sentes ainda revoltada por veres alguns sofrimentos; tudo é fruto da tua vontade de  interceder por todos os que sofrem, no entanto isto fazes quando por todos eles oras e entrega-os ao Pai. Portanto irmã querida não é a criatura maior que o Criador.
Que a paz de Jesus permaneça com todos hoje amanhã e para todo o sempre; e nos encontraremos na eternidade.


Nathanael.


--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
                                                                          30/04/2000

Hoje irei me reportar há épocas muito longínquas em que me vi envolvido em acontecimentos os quais, sofrimentos vários ocorreram; fiz com que irmãos em Cristo fossem lavados as arenas para serem devorados num espetáculo lamentável para os olhos daqueles que lá se faziam presentes no intuito único de torcerem pelo final daquele espetáculo onde aquelas criaturas totalmente indefesas seriam exterminadas de forma a só restarem frangalhos dos seus corpos, sendo que, o desejo da maioria seria que nada restasse, no entanto, necessário se fazia que pedaços dos corpos fossem guardados para que servissem de troféu e ao mesmo tempo de exemplo aos que desejassem ir de encontro aos seus superiores; e desta forma iam se realizando os festejos.
Após o término do espetáculo os responsáveis pelo lamentável acontecimento se reuniam com todos os que os cercavam e compartilhavam dos seus pensamentos, até porque, precisavam disto para continuar vivendo, uma vez que, a qualquer um que a este proceder se opusesse teria morte idêntica; entre esses, não havia sinceridade, existia apenas “o poder”, “o mando e sou obedecido”, este, era o andar da carruagem para os que nela desejassem permanecer. E assim acontecimentos vários se sucediam uns após outros e por isto tantas foram as vitimas, e entre elas muitas eram inocentes, vitimas muitas vezes de armadilhas feitas por alguns que se sentiam atingidos na sua vaidade, já que aqueles que mandam, normalmente desejam ser obedecidos e não aceitam ser desafiados, eu, fui um desses, que usei o posto que fazia jus para ter sob os meus pés aqueles a quem desejasse, fossem homens ou mulheres, todos deveriam obedecer-me, pois, caso contrário ajustariam contas comigo; e digo, que essas contas jamais seriam zeradas, pois sempre exigia mais, dizendo para estes que jamais conseguiriam me pagar e, se até a vida entregassem como pagamento, ainda continuariam me devendo.
E foi assim, que em uma determinada época da minha existência apaixonei-me perdidamente por alguém que não me dava atenção, pensava que era para ela era alguém desprezível, incapaz de sentir qualquer tipo de afeição ou mesmo ódio. Mas , após tudo ter passado, descobri que aquela por quem tanto sofri e fiz sofrer, não mais sabia o que era ódio, só sabia amar, mas não da forma que eu imaginava, já amava desapegadamente, mas na época não tinha este conhecimento; e como a via sempre acompanhada e sendo sempre disputada, por ser alguém de uma beleza que resplandecia vestindo-se de maneira esmerada e conquistando vários corações, mas por nenhum se deixava conquistar, sentia-se livre, queria ser livre inclusive de amarras que a prendiam de outras épocas, e eu não aceitava; aquilo para mim era um total desrespeito, tanto como homem como por ser eu, alguém de muita importância no meio político e prometi a mim mesmo, que não seria motivo de brincadeiras entre os amigos que sabiam do sentimento que nutria por ela. E então resolvi procurá-la por mais uma vez, nem que fosse esta a última, mas o faria, era um desafio que ia fazer a mim mesmo, já que, não me permitia perder coisa alguma, ainda mais se tratando de mulher; iria a luta! Desafiar ara o meu desejo.
E saí na calada da noite quando a maioria dos que conviviam comigo encontrava-se adormecidos e com a cooperação de alguns dos meus empregados e servos, saí, dizendo para eles que se tratava de algo sigiloso e se um dia decidissem falar para alguém o que eu estava fazendo mandaria todos para as arenas e iria assistir ao espetáculo da destruição dos seus corpos, e então, saímos juntos; eles coitados, tremeram de susto ao ouvirem as minhas palavras ameaçadoras, mas, após, se acalmaram prometendo-me total sigilo e se dizendo muito jovens para morrerem.

E assim seguimos rua a fora. Fomos todos a pé para que barulho algum fizéssemos; nos envolvemos em capas, sendo a minha muito diferente das que eles usavam , por serem subalternos .
Pouco a pouco fomos nos aproximando do local desejado onde uma casa se enxergava logo de longe por achar-se iluminada, e, apesar das árvores que existiam ao seu redor dava para ver claramente aquela residência; sentia o meu coração bater mais acelerado à medida que me aproximava, e então, resolvi falar para os que me acompanhavam da necessidade de permanecerem afastados da casa, enquanto que, eu iria adiante; era como se eu tivesse chegado lá sozinho, e assim procedemos. Aproximei-me da casa, subi os degraus lentamente e sem fazer barulho, pois desejava fazer surpresa, pois quem sabe daria mais sorte e poderia descobrir se ao menos existia para o meu coração alguma esperança, pois dificilmente consegue-se disfarçar os sentimentos quando se é pego de surpresa, este era o meu intuito. E logo me aproximei da porta, e antes de batê-la, notei que se encontrava entreaberta e achei ótimo, porque assim a surpresa seria melhor; só não sabia o que me aguardava em decepção, quando ao chegar ao aposento tão familiar a mim, já que por incontáveis vezes lá estive sem nenhum resultado positivo ter conseguido, e vi claramente que aquela que era o fruto do meu desejo, estava envolta em lençóis e que não se encontrava só, estava abraçada com alguém que seria a última pessoa com quem desejaria ser traído, alguém que partilhava comigo dos mesmos ideais de conquistas e de tragédias, pois arquitetávamos planos juntos que eram verdadeiras tragédias dado ao derramamento de sangue que ocorria; e logo ele, ali estava com aquela a quem tanto desejava e aspirava ter em meus braços e nunca tinha conseguido, sempre era rejeitado; desculpas várias me dava todas as vezes que a procurava, e então, diante daquele quadro decidi gritar:
----Maldita! Maldita! Tanto que te amo e tu me trais com alguém que tanta confiança me passava, e agora vejo que não presta, é um traidor também, malditos sejam todos, e tu, és a pior entre todas mulheres, pois nunca me aceitaste, mas aceitas este que faz parte da plebe e tolo fui eu que me deixei levar por este sentimento que me corrói; as minhas entranhas gritam de dor, malditos! Malditos!

E então, ela falou-me como se nada a tivesse abalado e como se nada estivesse fazendo de errado:

---Oh! Como podes falar isto? Nunca te prometi amor e muito menos te traí, porque nada há e nunca houve entre nós, culpa alguma tenho se te apaixonaste por mim, nada fiz para que isto te acontecesse, sempre fui sincera e falava dos meus sentimentos; e mesmo que não tivesse falado, nada havia de errado por ser este que aqui está ao meu lado o homem da minha vida e se tiver de morrer, de dar a vida por ele, darei feliz, pois viver sem ele não valeria a pena; e como sei do teu poder de força, pressinto que algo poderá acontecer, mas enfrentarei com coragem e feliz, porque nada estou fazendo de errado; fico entregue ao teu julgamento, pois sei que isto não ficará assim.

---E tu, porque não falas maldito? Perdeste a língua, ou estás querendo que eu vá puxá-la e cortá-la para dar de premio aos lobos, não só a tua língua, mas a ti também?

---Não, não! Gritou ela.

--- Se desejas punir, punas a mim; e ofereço a minha vida em troca da dele.

---Então deste o teu veredicto, serás lançada as feras, aqueles lobos ferozes, para saciar-lhes a fome, pois há muitos dias não são alimentados para que no dia certo executem o seu trabalho com perfeição; e estavam sendo preparados para devorarem outras vítimas, mas agora a vítima será tu e como serás uma na arena, espero que nada sobre de ti, deste teu corpo tão belo que me deixou alucinado.

---Ótimo, estou ciente do teu desejo, e que seja cumprida a tua vontade, porque a minha há muito já se cumpriu, que foi amar este homem com todas as minhas forças, mas prometa-me que nada farás a ele, e como sei que és homem de palavra, espero não me decepcionar contigo.

---Dou a minha palavra de honra que nada acontecerá a ele por este acontecimento, porém, não poderei ser responsável por algo que venha a acontecer depois.

O que ela não sabia era que entre linhas deixava expresso algo que surgiria após.

E em uma tarde de verão, quando o sol ainda se fazia resplandecente estava eu, entre os expectadores apreciando aquele terrível espetáculo, as minhas ordens eram obedecidas já que tinha carta branca do meu superior para o que desejasse fazer.

E desta maneira permaneceu este meu romance e esta minha vingança em segredo, e em segredo também permaneceu o motivo pelo qual aquela criatura indefesa estava sendo jogada aos lobos já que não havia interesse do público pela causa a qual fez levar o condenado a morte o que lhes interessava era o espetáculo em si.

E assim consegui, com um motivo banal para os outros, pois traição era muito comum acontecer e ninguém desejava ir a fundo na questão, bastava apenas dizer: eis aí uma traidora, uma adultera para que fosse suficiente, só isto bastava.

E assim sentindo-me o último dos homens, desejando até desistir daquela atitude tomada, mas não encontrava coragem, fui um covarde, permaneci na platéia participando dos gritos de alegria que eram dados pelos espectadores do espetáculo.

A dor cortava o meu coração; sofri! Sofri muito, mas não podia recuar nas minhas decisões; e nunca esqueci aquele olhar que me dirigiu antes que as feras entrassem na arena, pois antes se costumava cumprir algumas cerimônias e no meu íntimo me condenava por aquela atitude tomada e aquele olhar jamais esqueci, era um olhar de piedade; ódio não existia nele, e isto foi o que mais me incomodou naquele momento crucial.
O que eu não sabia era o quanto sofreria após desencarnar; até porque, após alguns meses, arquitetei um plano para trucidar aquele que foi motivo do meu sofrimento; e assim partiu rapidamente, muito antes de mim, e então, sofrimentos incontáveis passei até que vim a ser socorrido por aquela a quem mandei tirar a vida, mas, a vida do corpo físico, porque viva continuou, resplandecendo de luz; era tanta a luz, que temia cegar se para ela olhasse, mas cego eu estava, preciso se fazia enxergar a luz, e enxerguei, mas muitas e muitas oportunidades reencarnatórias tive para que a evolução se fizesse.

Este é o processo, os laços são eternos, aos poucos todos vão se encontrando na eternidade através de processos vários.

Irmã querida o tempo se faz findo e quero apenas falar-te ser esta narrativa parte da minha existência ao teu lado.

Nathanael, um irmão em Cristo.

 




















Nenhum comentário: