sábado, 11 de fevereiro de 2012


06/10/2004

Senhor!
Permita-me neste instante conversar contigo mesmo do ínfimo da minha pequinês e insignificância, e expressar todo meu amor por Ti e acima de tudo louvar e agradecer tudo o que vens me concedendo durante toda esta minha caminhada através dos processos reencarnartórios perdidos pelos séculos dos tempos.
Hoje, Senhor, sinto-me estranha por observar que existe em mim uma força capaz de mexer e remexer as minhas entranhas e que me faz travar uma luta diária contra mim mesma.
Sou incapaz de segurar as lágrimas ao ver uma pétala cair de uma flor mesmo sabendo que esta apodrecerá e dará surgimento a outros tipos de vida; ao olhar uma criancinha sorrir, ao ver o vôo de um pássaro, as estrelas brilhando no firmamento, o nascimento de uma criança, o raiar de um novo dia com o resplandecer do sol com toda a sua altivez a distribuir seus raios sobre todos de forma igual mas, Senhor, sinto medo de mim mesma por descobrir que também tenho vontade de lutar contra tudo e contra todos para defender aqueles que vejo passando por sofrimentos, e nesses momentos até ouso elevar o pensamento a Ti para perguntar o porque de tudo, como se já não soubesse que não é a criatura maior que o Criador e que a Ele apenas se agradece e que tudo está contido nas leis divinas e por elas somos convocados; e volto então a calma anterior compreendendo a necessidade de viver no mundo sem me envolver com mundo querendo modificá-lo, pois aqui estou para modificar a mim mesma , que o mundo é maravilhoso e a humanidade se concertará por si mesma, esta é a proposta, mas mesmo assim Senhor! Preciso orar por todos aqueles que sofrem neste orbe, pois as dores aqui estão sendo enormes; e sei Senhor, que longe estou de saber onde elas se encontram verdadeiramente, mas o Senhor sabe onde cada uma delas está instalada e, por isto, entrego todos esses irmãos nas tuas mãos dadivosas para que seja feita a Tua vontade e não a minha, pois uma folha não cai sem a Tua autorização e infelizes daqueles que vão de encontro a Ti porque o tempo lhes mostrará o quanto estavam enganados nas suas deduções. E quanto a mim Senhor! Compadece-te desta tua filha ingrata que mesmo já sabendo “os porquês” de tudo ainda questiona alguns acontecimentos e, pior ainda Senhor, deseja em alguns momentos ser uma fada mágica e ter uma varinha de condão para com a Tua autorização poder tocar a tudo e a todos transformando a doença em saúde, as tristezas em alegrias, o choro em sorrisos, as lágrimas de tristeza em lágrimas de alegria tal como sinto ao ver o desabrochar de uma flor.
Oh! Senhor, quem sou eu para querer tanto? Apenas nestes instantes descubro o quanto ainda exercito a prepotência; e como dói sentir tudo isto e nada poder fazer, pois nada sou, e então, ouço a voz que sempre me fala quando assim me sinto:
   Pequenos somos todos nós mulher, diante do Pai que está nos céus
   Oh! Senhor, sabes também que a muitos socorri nos campos de batalha e que a esses também fui socorrer no plano espiritual para que se sentissem amparados; e aos poucos de tanto falar de Ti para todos eles adiante sentiram-se fortalecidos e seguiram para novas lutas, as lutas interiores, pois essas é que são as verdadeiras lutas .
   Sabes também Senhor, que me transformava em fera quando ouvia alguém tratar com desrespeito e arrogância as Tuas verdades. Mas, Senhor! Agora deixo tudo isto de lado e peço a Tua autorização para agradecer; agradecer por este corpo de carne que me concedeste perfeito e que me permite usufruir tantas maravilhas.
   Obrigada Senhor pelas mãos que me deste perfeitas para que possam ser instrumentos para passar as verdades eternas, pela visão perfeita que me concede a oportunidade de ver os astros brilhando no firmamento deixando as nossas noites mais belas,
   Obrigada Senhor, por poder ver o sorriso de uma criança, a beleza de uma flor ao desabrochar, por poder ver o vôo dos pássaros, os peixes nadando nos rios e nos mares, pelas árvores que dão abrigo aos que precisam de sombra.
   Obrigada Senhor, por poder ouvir o canto dos pássaros ao amanhecer, o murmúrio dos ventos, o barulho das ondas do mar e todos os ruídos ao meu redor.
   Obrigada Senhor, pela mente que me concedeste perfeita que me permite louvar, pedir e agradecer a tudo que me concedeste durante toda esta minha caminhada evolutiva; e permita-me Senhor, neste instante rogar por todos aqueles que passam por dores e sofrimentos de toda ordem neste orbe terreno, tanto encarnados como desencarnados e, deixa-me Senhor, elevar o pensamento a Ti mais uma vez para pedir clemência por todos aqueles que persistem nos erros, pois, como falou o nosso amado Mestre Jesus em Teu nome, eles não sabem o que fazem e, não sabem por não te conhecerem e se não te conhecem não podem Te amar, mas sei Senhor ser o tempo o remédio para todos os males e que um dia todos entenderão que nada têm de seu por saberem exercitar o amor desprendimento, o amor universal.[1][1]


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[1][1] Apenas estes desabafos posso dizer que emanaram das minhas entranhas e, claro, com a permissão divina, pois fora desses momentos em que organizo esses manuscritos nada consigo transmitir.

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